sexta-feira, 24 de setembro de 2010

II Prêmio Estadual Talento Literário/Poesia em Superdotação

Acontecerá no dia 30 deste mês, a segunda premiação Talento Literário/Poesia em Superdotação.
O evento que é idealizado pelo NAAH/S-DF, difunde-se a todos os estados, fortalecendo as estratégias de inclusão, ampliando as possibilidades de oferta do atendimento especializado aos alunos com alto potencial de aprendizagem, com foco neste caso, para a poesia.
O NAAH/S-GO – Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, sempre desenvolvendo ações articuladas no sentido de identificar o potencial talentoso dos alunos, inclui-se neste projeto, cuja finalidade é descobrir, estimular e divulgar amplamente o diferencial da produção literária poética no estado de Goiás.
A realização deste concurso ficou a cargo dos professores-tutores da Sala de Desenvolvimento de Projetos, que juntamente com a equipe gestora incumbiu-se de traçar o regulamento e o cronograma para a realização das atividades propostas.
Num acontecimento tão relevante, não poderia faltar pessoas altamente qualificadas para o processo de classificação das poesias selecionadas. Para tal, foram convidados o professor doutor Wolney Unes (UFG), titular da coluna Outra do Português (Jornal O Popular); Doutor Aidenor Aires, membro da Academia Goiana e Goianiense de Letras, atual presidente do Instituto Histórico/Geográfico de Goiás e a escritora Sandra Rosa (medalha de prata no Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica).
Serão premidos os (a) alunos (a):
Raíssa Naves (12 anos) do Colégio Estadual Polivalente Professor Goiany Prates, participante do NAAH/S. – 3º lugar com a poesia “Estrada da Vida”
Luiz Rodrigo Araújo (14 anos) do Colégio Estadual Vila Boa, participante do NAAH/S. – 2º lugar. – com poesia “Chama Natural”
Marcos Jefferson Silva (15 anos) do Colégio Estadual Waldemar Mundim. – 1º lugar. – com a poesia “Sou Homem de Papel”.
A premiação será às 19h00min, no NAAH/S, situado na Rua 3 esq. Com 18 e 106, s/n- Setor Oeste. – Goiânia-Go e contará com as presenças de alunos, familiares, professores e autoridades educacionais.

NAAH/S-GO

Projeto de Atuação da Equipe de Psicólogas Educacional do NAAH/S para 2010

Suporte às questões cognitivas, afetivas e sociais do aluno com Altas Habilidades/Superdotação envolvendo: família, escola e o núcleo.

Goiânia, Abril de 2010.

Equipe responsável: Psicólogas do NAAH/S.
Daniela Coelho Gondim. CRP-09/3039
Flávia Michelle Colacite. CRP-09/5280
Graziela Carneiro Santana. CRP-09/3297
Kézia Campos da Silva. CRP-09/4968
Maristela Barcelos Costa. CRP-09/0700
Sandra Gomes da Silva. CRP-09/5312
Suraia Oliveira Veloso Carneiro. CRP-09/4055

APRESENTAÇÃO

O presente projeto visa trabalhar as relações interpessoais dos participantes do programa desenvolvido no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S de Goiás.
A equipe de psicólogos que atua em todas as unidades de atendimento do NAAH/S propõe ações voltadas à efetivação do trabalho multiprofissional, priorizando a relação genuína entre as equipes, alunos, família e escola, afim de que este modelo de relações se estenda as outras circunstâncias de vida dos envolvidos.
Tem sido muito discutido nos últimos anos, por psicólogos, educadores e estudiosos de campos afins, um interesse especial por indivíduos superdotados e talentosos em vários países. O sistema educacional brasileiro tem sido despertado para esta realidade, embora as publicações que enfocam a educação do superdotado e talentoso ainda sejam escassas.
É importante salientar a necessidade da identificação precoce de crianças que apresentam altas habilidades e talentos, o desenvolvimento de programas educacionais especiais, a preparação apropriada de professores para lidar com tal grupo e o desenvolvimento de instrumentos, publicações e pesquisas nesta área, o que inclui o desenvolvimento de uma concepção coerente de superdotação e uma melhor compreensão das necessidades sociais e emocionais destes alunos.

JUSTIFICATIVA

Características comuns entre as pessoas com Altas Habilidades/Superdotação requerem atenção especial, bem como, todos os profissionais e familiares envolvidos com estes. Diante desta realidade, percebe-se a urgência do psicólogo trabalhar de forma sinérgica em todas as unidades de atendimento do NAAH/S, pois somente assim ele terá condições de dar suporte necessário às demandas, cognitivo-afetivo e social dos profissionais, alunos e familiares. Buscando oferecer oportunidade de crescimento integral, implementando técnicas de aconselhamento psicológico e estratégias de intervenção também junto à família, escola e o núcleo.

OBJETIVO GERAL

Dar orientação e suporte cognitivo, afetivo e social para os alunos, as famílias, os profissionais do núcleo e as escolas, promovendo, assim uma melhora na qualidade das relações interpessoais daqueles que participam do programa.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para os alunos.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para a família do aluno atendido no núcleo.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para o NAAH/S.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para as escolas que tem alunos que participam do NAAH/S.

ABRANGÊNCIA

Inicialmente serão atendidas três escolas, as quais têm maior número de alunos inseridos no núcleo: Emmanuel, Vasco dos Reis, SESI do Jardim Planalto.
A meta deste projeto é alcançar todos os alunos atendidos no NAAH/S, as escolas e familiares destes, e os profissionais do núcleo.


AÇÕES

· Para as famílias serão programadas reuniões mensais com o objetivo de esclarecer dúvidas e atende-los quando houver necessidades, através de dinâmicas, palestras e filmes.
· Para os alunos serão realizados atendimentos individuais se solicitados, encaminhamentos para profissionais da área quando houver necessidade e trabalho em grupo quinzenalmente com duração de trinta minutos em cada encontro através de dinâmicas, jogos, atividades lúdicas, vivências, relaxamento, trabalhos em grupos, filmes, livros e músicas.
· Para as escolas serão programadas palestras com dinâmicas, filmes informativos e interativos, envolvendo os professores e a equipe multiprofissional a cada semestre com atividades criativas, treinamento no que se refere às ações com as famílias.
· Para a equipe do núcleo grupos reflexivos, estudos de caso voltado para as necessidades emergenciais e realização de diagnósticos institucional, através de dinâmicas, relaxamento, vivências, trabalhos em grupos, mensagens (cartazes, textos, recados etc.), atividades lúdicas, filmes, músicas, histórias.

DESENVOLVIMENTO

No dealbar do terceiro milênio, onde os prenúncios de uma nova era se fazem sentir por toda parte, a educação assume caráter da mais alta importância como mola propulsora de todo progresso humano. Não nos referimos à educação apenas no seu aspecto intelectual, mas à educação que compreende o homem no seu sentido integral, à educação que atinge o sentimento, que eleva, aprimora e auxilia o desenvolvimento das potencialidades.
Receber o aluno, auxiliar a sua preparação para lidar com o mundo, despertando qualidades superiores, preparando o ambiente para que este se torne propício ao desenvolvimento das potencialidades dos alunos com Altas Habilidades/Superdotação, é trabalho de grande importância das instituições de ensino, assim como da família.
Não podemos mais aceitar os preconceitos e os mitos que ainda teimam em permanecer por toda parte, auxiliar na desmistificação e na maneira de lidar com esses alunos, é proposta deste projeto. Buscaremos ir além de instruir, a idéia é auxiliar na construção do ser integral, trabalhando com as estruturas íntimas, que os alunos possuem, levando-os a transformarem gradual, mas integral e harmoniosamente as faculdades que lhes são inerentes no sentido de oferecer um modelo de educação que transforma, regenera, equilibra e conduz ao desenvolvimento integral das potencialidades.
Ao voltarmos o olhar no aspecto histórico da educação numa visão geral desde a idade média, dos principais pensadores e educadores, perceberemos a imensa contribuição e o respaldo às propostas contidas neste projeto.
Rousseau foi o marco inicial de uma reforma na educação no ocidente, denunciando uma falsa “educação” praticada na época, propondo, uma nova educação, baseada no desenvolvimento natural da criança, antevendo o surgimento da psicologia infantil.
Pestalozzi, em sua visão avançada, percebe que o ser possui em germe um grande potencial interior, definindo educação como o “desenvolvimento harmonioso e progressivo de todas as faculdades do ser”. Define três estados ou etapas morais do homem, demonstrando a evolução do estado primitivo ao estado social e, deste, ao estado moral.
De Herbart e Froebel ao movimento da escola nova, muitas luzes brilharam procurando destacar a importância da atividade no processo de aprendizagem, que passa a ser vista como uma conquista que requer atividade e energia do educando.
Lamarck e Darwin com a teoria da evolução, demonstraram a continuidade evolutiva entre os animais e o homem, abrindo caminho aos princípios evolucionistas que nos auxiliará a compreender os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Decroly em sua fabulosa escola da Ermida (l’Ermitage) procura preparar a criança para a vida, levando-a a observar, diariamente, os fenômenos da natureza e as manifestações de todos os seres vivos, em trabalho espontâneo e criador. Foi o criador de um método globalizante, ou “centro de interesses”, criando um laço entre as disciplinas normais da escola, fazendo-as convergir ou divergir para um mesmo centro, tendo-se em conta o interesse da criança, que segundo ele é a alavanca de tudo.
Dewey destaca a educação como permanente organização ou reconstrução da experiência, sendo, portanto, um processo ativo, onde o aluno deve ter uma meta a atingir. Baseado em suas idéias, Kilpatrich criou o “Método de Projetos”, onde o aluno, impulsionado pelos próprios ideais, buscará atingir a sua meta, integrando ou globalizando o ensino.
Rudolf Steiner, criador da Pedagogia Waldorf, destaca a importância de se trabalhar a vida sentimental da criança, apelando para as sua fantasia criadora, aumentando essas forças com imagens que as fecundem e elevem. A criança não pode pensar nem aprender sem que esteja engajada emocionalmente.
Claparède, ao criar o Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, trabalhando na Psicologia e na Pedagogia abrindo caminho para as pesquisas de Piaget ao destacar que a escola deve ser ativa, antes um laboratório do que um auditório, procurando estimular ao máximo a atividade da criança. A escola é um meio alegre, onde a criança passa a amar o trabalho. O professor passa a ser o estimulador de interesses, despertador de necessidades intelectuais e morais, não se limitando a transferir seus conhecimentos aos alunos, mas ajudando-os a adquiri-los por si mesmo, através do trabalho, pesquisas e ação.
Freinet, na pequena aldeia de Bar-sur-Loup, na França, promoveu uma escola ativa e cheia de vida, introduzindo a aula-passeio, o jornal escolar, a imprensa na escola, o texto livre, onde as crianças escolhiam, por votação, o que ia ser impresso e elas mesmas faziam a correção. A correspondência interescolar alarga o universo infantil, motivando o relacionamento humano, e a Cooperativa de Ensino Leigo, criado por Freinet. Seus colaboradores forneceriam material pedagógico e publicações para milhares de associados em diversas partes do mundo.
Jean Piaget, em uma vida toda dedicada ao estudo da criança demonstra através de um trabalho sério e profundo que todo conhecimento é construído através de um processo contínuo de adaptação, transformando nossas estruturas anteriores em estruturas mais aperfeiçoadas. Demonstra ainda a existência da moral heterônoma e da moral autônoma, afirmando a necessidade do respeito mútuo, do afeto e da cooperação para que o educando possa chegar à autonomia moral.
Vygotsky, trabalhando a teoria da zona de desenvolvimento proximal, demonstra a importância da integração social e do trabalho cooperativo entre as crianças.
Wallon apresenta uma atrativa proposta de psicologia integradora, com ênfase nos processos emocionais e afetivos. Propondo uma teoria da emoção junto ao funcionamento da inteligência, afirma que a infância é a fase emocional por excelência.
Dos reflexos condicionados de Pavlov, do Behaviorismo de Watson, que destacam o condicionamento do comportamento através de estímulo e resposta, à psicologia da Gestalt, com Max Wertheimer, Kohler e Koffka, que afirmam que a percepção depende também das circunstâncias psicológicas do indivíduo, ou seja, a percepção é o resultado da interação entre o indivíduo receptor e o ambiente emissor e, portanto, duas pessoas submetidas aos estímulos de um mesmo ambiente físico, podem adotar comportamentos totalmente diversos. Destacando que a aprendizagem é o desenvolvimento de insights (discernimento, compreensão, penetração do entendimento de um assunto), afirmam que o insight é uma conquista de quem aprende e não pode ser simplesmente transferida de uma pessoa para outra, mas o professor pode auxiliar o aluno a desenvolver o seu insight.
Rogers contrapondo-se firmemente a Skinner, afirma que a ciência do comportamento deve libertar e não controlar, destacando a importância da vontade e propondo uma educação de natureza dinâmica, onde os indivíduos devem ser estimulados para que desenvolvam as suas próprias potencialidades, num clima de liberdade, auto-realização e consciência social.
Goleman introduz a teoria do quoeficiente emocional (QE) como bastante independente do quoeficiente intelectual (QI) e que para a adaptação às extraordinárias mudanças que segundo ele ocorreriam nas próximas décadas dependeriam do QE aprimorado reconhecendo a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. Definindo a inteligência emocional a partir de cinco domínios principais: 1. Auto-conhecimento emocional – Auto consciência: conhecimento que o ser humano tem de si próprio, de seus sentimentos ou intuição. 2. Controle emocional – Capacidade de gerir os sentimentos. 3. Auto motivação – Ter vontade de realizar, otimismo: Pôr as emoções ao serviço de uma meta. 4. Reconhecer emoções nos outros – Empatia: saber se colocar no lugar do outro, percebendo o outro. 5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais – Aptidão social: a capacidade que a pessoa deve ter para lidar com as emoções do grupo.
Howard Gardner questionou a tradicional visão da inteligência que enfatiza as habilidades lingüísticas e lógico-matemática declarando que as competências cognitivas humanas podem ser bem descritas através de um conjunto de oito (ou até mesmo mais) inteligências, também chamadas habilidades, talentos ou capacidades mentais universais, a saber: lingüística, lógico-matemática, musical, espacial, corpo-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e naturalista.
Para Silverman (1993), a implementação de técnicas de aconselhamento psicológico, bem como de estratégias de intervenção junto ao aluno, ao professor, a família e a comunidade, são algumas das práticas a serem desenvolvidas pelo psicólogo escolar na área de superdotação. Todos esses sistemas de apoio devem ser mobilizados a fim de favorecer o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do superdotado.
Estas teorias vêm de encontro às propostas deste projeto, fornecendo maior compreensão dos conceitos de aprendizagem bem como a relação entre criatividade e inteligência, confirmando a necessidade de que os alunos com Altas Habilidades/Superdotação estejam em um ambiente estimulador e respeitoso, acentuando a urgência em incluir ações voltadas aos aspectos sócio-emocionais vislumbrando um desenvolvimento integral das potencialidades desses alunos, cabendo ao psicólogo elaborar estratégias de intervenção junto a eles, aos professores, familiares e ao núcleo.
Na perspectiva da educação inclusiva, o psicólogo escolar juntamente com os professores e a equipe escolar, deverão implementar alternativas metodológicas e condições de operacionalização dos sistemas integrantes da educação dos superdotados; criar mecanismos que encorajem o aperfeiçoamento profissional dos professores e adotar uma postura investigativa que demande reflexão, flexibilidade e atualização contínua. É função do psicólogo escolar fomentar o paradigma da inclusão, criando programas de orientação que permitam aos alunos compreender suas características e desenvolver seu talento e aos professores reconhecer e saber e lidar com essas características.
A proposta é mobilizar “todos” os sistemas de apoio desses alunos, família, escola e o núcleo, com o intuito de revelar a importância de cada um desses “atores” no desenvolvimento pleno no potencial desses alunos, tanto no aspecto cognitivo como afetivo e social.
A idéia central deste projeto é, através da equipe de psicólogas, contribuir para a construção de um processo sóciopsicoeducacional dentro do NAAH/S, que seja capaz de socializar o conhecimento historicamente acumulado e propiciar intervenções que ofereçam um programa educacional desafiador, combinando desenvolvimento social e acadêmico. Através de ações voltadas ás famílias, alunos, escolas e aos profissionais do Núcleo.

METODOLOGIA

A participação do psicólogo nesse processo se dará, a partir da observação do ambiente em que esses alunos estão inseridos de forma a propiciar intervenções que identifique situações que estejam influenciando negativamente no desempenho desses alunos, desenvolvendo estratégias educacionais que visem atender as necessidades dos mesmos, contribuindo com o treinamento de professores e demais profissionais que atuam na escola, através de cursos e palestras regulares.
Para que o desenvolvimento de potencialidades e talentos ocorra, é necessário criar um ambiente receptivo e responsivo ás necessidades sociais e emocionais de indivíduos superdotados, de modo que ele se sinta valorizado, respeitado e querido por colegas, familiares e profissionais que atuam junto ao programa. Para isso o psicólogo deve atuar na instituição visando um bom clima organizacional e qualidade de vida para os profissionais que estarão à frente deste trabalho.
Com os profissionais do núcleo serão trabalhadas as relações interpessoais e intrapessoais, autoconhecimento, motivação, autoestima, comunicação, identidade, habilidade de autogestão. Resgate do GEN (grupo de estudo do NAAH/S) com reuniões mensais objetivando socializar conhecimentos, trabalhar a integração da equipe, promover produção de conhecimentos.
Compete ao psicólogo educacional é ajudar o aluno com alto potencial a desenvolver habilidades e estratégias para lidar com dificuldades que porventura ele esteja enfrentando no contexto educacional. Oferecer oportunidades de se encontrarem e realizarem atividades conjuntamente, pode se constituir em uma estratégia favorável ao desenvolvimento de um autoconceito positivo, uma vez que eles se sentiriam mais confortáveis, aceitos e socialmente ajustados. Trabalharemos também com o aluno autoconhecimento, autoestima, identidade (como estou, sou, me vejo), comunicação, aceitação, habilidades sociais.
O psicólogo pode constituir uma fonte de ajuda aos pais, informando-os sobre as características e necessidades de seus filhos, fornecendo-lhes bibliografia sobre o tema superdotação, orientando-os a lidar com o sistema educacional, sugerindo-lhes estratégias de como estimular seu filho no contexto familiar e conduzindo reuniões de pais (dinâmicas de grupo), onde esses tenham oportunidades de compartilhar dificuldades e sucessos e encontrar soluções para os problemas referentes à educação e desenvolvimento de seus filhos superdotados enfatizando a importância da participação da família nas conquistas, atividades e interesses dos filhos, aceitação, informação, orientação de altas habilidades (aspectos afetivos, sociais e cognitivos), limite, e fases do desenvolvimento. Estaremos atentos ao tipo de interação estabelecido entre escola e família, uma vez que essa interação pode afetar o ajustamento do aluno à vida escolar.

CONCLUSÃO

A proposta ora apresentada vem esclarecer a Importância da atuação do profissional psicólogo nas diversas áreas de atuação do profissional psicólogo nas diversas áreas de atuação do NAAH/S, na construção de um ambiente de trabalho harmonioso e respeitoso, tanto em relação à equipe como em relação aos alunos, estendendo às escolas e familiares buscando contribuir de alguma forma, com o direcionamento do ensino aos alunos com Altas Habilidades/Superdotação, oportunizando o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, numa perspectiva tal que os educandos tenham seus talentos bem dirigidos, seus juízos retos e bem exercitados, em função da educação e da instrução que recebem no sistema educacional e no seio familiar.


REFERÊNCIAS


FLEITH, Denise S. e ALENCAR, Eunice M. L. S. Superdotados: Determinantes, Educação e Ajustamento. E.P.U. Editora Pedagógica Universitária LTDA, São Paulo, 2001.

GOLEMAN, D. A Inteligência Emocional. Lisboa: Editora Temas e Debates, Ltda. 1998.

DANTAS, E.; OLIVEIRA M. K.; LA TAILLE, Y. Piaget, Vigotsky, Wallon - Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo: SUMMUS, 1992.


LOPES, L. Pestalozzi e a Educação Contemporânea. Rio de Janeiro: Associação Fluminense de Educação, 1981.


PIAGET, J. Psicologia da Inteligência. Rio de Janeiro: Zahar, 1958.


VIGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.


VIRGOLIM, Ângela M. R. Altas Habilidades/Superdotação: Encorajando Potenciais. MEC, Brasília/DF, 2007.


VIRGOLIM, Ângela M. R. Programa de Apóio a Pesquisa em Educação Especial- Proesp/Casp 2005. Programa de Incentivo ao Potencial Criativo de Alunos Superdotados. (pp. 174-205). UNB, Brasília/DF. Citações em Documento: ALENCAR, E. M. L. S., & VIRGOLIM, A. M. R.. Dificuldades emocionais e sociais do superdotado. Criatividades e educação dos superdotados. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. Brasil: R. T. Bertrand, 1995

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA/ALUNO/ ESCOLA /NAAH/S

Eliane Maria Stival1


Como estamos vivenciando atualmente políticas públicas inclusivas, de práticas diagnósticas ressignificadas e de legislações educacionais voltadas para a diversidade humana, é preciso ressaltar a importância da contribuição da família para o desenvolvimento de seus filhos que apresentam altas habilidades/ superdotação (AH/SD) em consonância com a escola e Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). Faz-se necessário destacarmos, o papel da escola como uma instituição especializada em práticas pedagógicas, responsável em favorecer o acesso dos alunos ao conhecimento acadêmico e oferecer-lhes valores morais, sociais e culturais. A família dos alunos com AH/SD espera que esta instituição transcenda à realidade social e cultural a fim de oferecer um processo educativo que supere o ensino regular. Seguindo essa perspectiva, destacaremos o papel do NAAH/S nesse contexto, subsidiando recursos à família, ao professor e ao aluno.
Existem crianças que apresentam altas habilidades e que sobressaem espontaneamente, surpreendendo os próprios pais. Nestes casos, não são competências treinadas, mas manifestações de um saber-fazer, encontrados no dia a dia em ações corriqueiras. No entanto, consideramos que não é suficiente às crianças apresentarem espontaneamente talentos e capacidades precoces ou que exibam notável potencialidade nas diversas áreas do aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver ou do aprender a ser, se a família não estiver atenta para o importante papel que ela exerce sobre o desenvolvimento dos seus filhos.
Guenther (2000) afirma que o ambiente motivador para estudos no seio da família é essencial para o desenvolvimento do talento independente do nível sócio-econômico e/ou cultural dos pais. A estimulação dos pais no desenvolvimento dos talentos dos filhos favorece-lhes a escolha profissional no futuro. A autora acrescenta que educar é tarefa que exige envolvimento e compromisso.
Segundo Freeman (2000. apud Delou, p.59, 2007), bons pais e mães podem incrementar o potencial de seus filhos e filhas:

a) interagindo com eles desde o nascimento;
b) provendo um ambiente de segurança para o crescimento da criança;
c) oferecendo oportunidades para a aprendizagem;
d) favorecendo a vivência de uma série de experiência que aumentem a motivação das crianças;
e) fornecendo materiais pedagógicos e instrução de alto nível e produção criativa, incluindo boas relações com a escola;
f) oferecendo liberdade emocional e materiais para jogar e experimentar;
g) estimulando o pensamento criativo das crianças;
h) adquirindo habilidades pedagógicas para desenvolver os potenciais gerais e específicos das crianças, começando pelo próprio idioma da criança e pela cultura familiar e
i)procurando desenvolver sensibilidade para os talentos de crianças muito pequenas.

No entanto, acreditamos que, não podemos deixar de considerar que, o desenvolvimento humano é complexo e devido a isso, a ciência não consegue responder a todos os questionamentos. Assim, as diferenças apresentadas nos aspectos intelectual, emocional, cultural e espiritual, interferem direta ou indiretamente na interação dos pais com filhos, de forma efetiva.
Ao procurar a escola, a família intenciona encontrar condições adequadas ao atendimento das AH/SD de seu filho, esperando que a mesma possa ter condições de adequar suas práticas pedagógicas em concepções de igualdade de desempenho, em lugares de aprendizagem significativa, de prazer e alegria. Nesse sentido, o NAAH/S oferece em sua estrutura de funcionamento, cursos de capacitação para os professores, instruindo-os quanto às necessidades peculiares desse grupo de alunos, sugerindo-lhes práticas pedagógicas que correspondam às expectativas curriculares aos mesmos. Os profissionais da Equipe de Articulação acompanham às instituições desde a indicação dos alunos que poderão ser efetivados ou não. Após a efetivação do aluno, a equipe dialoga com a instituição no sentido de garantir a qualidade no atendimento desse aluno, no Projeto Político da Escola, juntamente com a família.
Com relação às famílias, o NAAH/S possui uma Unidade de Apoio à Família que visa prestar informação, orientação e suporte a mesma. Acontecem reuniões periódicas com o objetivo de contribuir no processo de aquisição de conhecimentos sobre AH/SD a fim de que haja uma melhor compreensão do comportamento do filho e ainda promover trocas de experiências.
Após descrevermos o trabalho desenvolvido no NAAH/S, acreditamos que aos poucos os envolvidos na educação dos sujeitos identificados com AH/SD, estarão mais conscientes acerca da importância da mediação social para o desenvolvimento desse talento humano. Portanto propomos ação conjunta com as instituições: escola, família e comunidade.


Referências Bibliográficas:

FREEMAN,J. ;GUENTHER, Z. C. Educando os mais capazes. SP: EPU, 2000

GUENTHER, Z. C. Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000.

WINNER, E. Crianças Superdotadas: mitos e realidades. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1998.

1Especialista em Arteterapia na Educação Especial UFG. Graduada em Arte pela UFG. Professora Formadora que contribui no processo avaliativo das produções dos alunos que apresentam indícios de talento produtivo criativo em artes visuais, no NAAH/S do Estado de Goiás. Atua no Conselho Municipal de Educação de Goiânia na Divisão de Inspeção Escolar/Setor de Análise e Orientação.

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