quarta-feira, 13 de outubro de 2010

II PREMIO ESTADUAL TALENTO LITERÁRIO POESIA EM SUPERDOTAÇÃO


No último dia 30, os profissionais do NAAH/S puderam congratular-se com mais uma das ações planejadas e realizadas pela equipe.


O II Prêmio Estadual de Poesia em Superdotação foi sem dúvida, um evento marcante: alunos, professores, familiares e autoridades educacionais marcaram presença e puderam apreciar as poesias classificadas, declamadas pelos próprios autores, os talentosos Marcos Jefferson, Luiz Rodrigo e Raíssa Naves.

A Secretária Estadual de Educação profa. Milca Severino e o Coordenador do Ensino Especial prof. Sebastião Donizete, como sempre prestigiaram e participaram ativamente de todo o acontecimento, falando aos presentes e elogiando a iniciativa do Núcleo, bem como felicitando aos alunos participantes e a seus familiares.

Foi um momento especial, no qual todos os presentes ficaram encantados com a organização, com a espontaneidade dos alunos premiados e com os prêmios por eles recebidos, graças às doações de patrocinadores como CRISTAL FESTAS, JAEPEL, KG PATEIS, KIDEL ALIMENTOS, LIVRARIA LEITURA, KAYA e INSTITUTO CASA BRASIL.



 
Alguns momentos...



Decoração e prêmios


Aluno Rafael Loyola em apresentação artística

 
Pronunciamento do Prof Sebastião Donizete

 
Pronunciamento da Profª Milca Severino



Aluna Raissa - 3° lugar, recebendo seus prêmios


Aluno Luiz Rodrigo - 2º lugar, sendo homenageado

Marcos Jefferson - 1º lugar recebendo seu netbook

Diretora do NAAH/S, aluno vencedor e convidados


Aluna Isabela Felipe, ilustradora da poesia vencedora também sendo homenageada
 
  


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

II Prêmio Estadual Talento Literário/Poesia em Superdotação

Acontecerá no dia 30 deste mês, a segunda premiação Talento Literário/Poesia em Superdotação.
O evento que é idealizado pelo NAAH/S-DF, difunde-se a todos os estados, fortalecendo as estratégias de inclusão, ampliando as possibilidades de oferta do atendimento especializado aos alunos com alto potencial de aprendizagem, com foco neste caso, para a poesia.
O NAAH/S-GO – Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, sempre desenvolvendo ações articuladas no sentido de identificar o potencial talentoso dos alunos, inclui-se neste projeto, cuja finalidade é descobrir, estimular e divulgar amplamente o diferencial da produção literária poética no estado de Goiás.
A realização deste concurso ficou a cargo dos professores-tutores da Sala de Desenvolvimento de Projetos, que juntamente com a equipe gestora incumbiu-se de traçar o regulamento e o cronograma para a realização das atividades propostas.
Num acontecimento tão relevante, não poderia faltar pessoas altamente qualificadas para o processo de classificação das poesias selecionadas. Para tal, foram convidados o professor doutor Wolney Unes (UFG), titular da coluna Outra do Português (Jornal O Popular); Doutor Aidenor Aires, membro da Academia Goiana e Goianiense de Letras, atual presidente do Instituto Histórico/Geográfico de Goiás e a escritora Sandra Rosa (medalha de prata no Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica).
Serão premidos os (a) alunos (a):
Raíssa Naves (12 anos) do Colégio Estadual Polivalente Professor Goiany Prates, participante do NAAH/S. – 3º lugar com a poesia “Estrada da Vida”
Luiz Rodrigo Araújo (14 anos) do Colégio Estadual Vila Boa, participante do NAAH/S. – 2º lugar. – com poesia “Chama Natural”
Marcos Jefferson Silva (15 anos) do Colégio Estadual Waldemar Mundim. – 1º lugar. – com a poesia “Sou Homem de Papel”.
A premiação será às 19h00min, no NAAH/S, situado na Rua 3 esq. Com 18 e 106, s/n- Setor Oeste. – Goiânia-Go e contará com as presenças de alunos, familiares, professores e autoridades educacionais.

NAAH/S-GO

Projeto de Atuação da Equipe de Psicólogas Educacional do NAAH/S para 2010

Suporte às questões cognitivas, afetivas e sociais do aluno com Altas Habilidades/Superdotação envolvendo: família, escola e o núcleo.

Goiânia, Abril de 2010.

Equipe responsável: Psicólogas do NAAH/S.
Daniela Coelho Gondim. CRP-09/3039
Flávia Michelle Colacite. CRP-09/5280
Graziela Carneiro Santana. CRP-09/3297
Kézia Campos da Silva. CRP-09/4968
Maristela Barcelos Costa. CRP-09/0700
Sandra Gomes da Silva. CRP-09/5312
Suraia Oliveira Veloso Carneiro. CRP-09/4055

APRESENTAÇÃO

O presente projeto visa trabalhar as relações interpessoais dos participantes do programa desenvolvido no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação – NAAH/S de Goiás.
A equipe de psicólogos que atua em todas as unidades de atendimento do NAAH/S propõe ações voltadas à efetivação do trabalho multiprofissional, priorizando a relação genuína entre as equipes, alunos, família e escola, afim de que este modelo de relações se estenda as outras circunstâncias de vida dos envolvidos.
Tem sido muito discutido nos últimos anos, por psicólogos, educadores e estudiosos de campos afins, um interesse especial por indivíduos superdotados e talentosos em vários países. O sistema educacional brasileiro tem sido despertado para esta realidade, embora as publicações que enfocam a educação do superdotado e talentoso ainda sejam escassas.
É importante salientar a necessidade da identificação precoce de crianças que apresentam altas habilidades e talentos, o desenvolvimento de programas educacionais especiais, a preparação apropriada de professores para lidar com tal grupo e o desenvolvimento de instrumentos, publicações e pesquisas nesta área, o que inclui o desenvolvimento de uma concepção coerente de superdotação e uma melhor compreensão das necessidades sociais e emocionais destes alunos.

JUSTIFICATIVA

Características comuns entre as pessoas com Altas Habilidades/Superdotação requerem atenção especial, bem como, todos os profissionais e familiares envolvidos com estes. Diante desta realidade, percebe-se a urgência do psicólogo trabalhar de forma sinérgica em todas as unidades de atendimento do NAAH/S, pois somente assim ele terá condições de dar suporte necessário às demandas, cognitivo-afetivo e social dos profissionais, alunos e familiares. Buscando oferecer oportunidade de crescimento integral, implementando técnicas de aconselhamento psicológico e estratégias de intervenção também junto à família, escola e o núcleo.

OBJETIVO GERAL

Dar orientação e suporte cognitivo, afetivo e social para os alunos, as famílias, os profissionais do núcleo e as escolas, promovendo, assim uma melhora na qualidade das relações interpessoais daqueles que participam do programa.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para os alunos.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para a família do aluno atendido no núcleo.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para o NAAH/S.
· Dar suporte cognitivo, afetivo e social para as escolas que tem alunos que participam do NAAH/S.

ABRANGÊNCIA

Inicialmente serão atendidas três escolas, as quais têm maior número de alunos inseridos no núcleo: Emmanuel, Vasco dos Reis, SESI do Jardim Planalto.
A meta deste projeto é alcançar todos os alunos atendidos no NAAH/S, as escolas e familiares destes, e os profissionais do núcleo.


AÇÕES

· Para as famílias serão programadas reuniões mensais com o objetivo de esclarecer dúvidas e atende-los quando houver necessidades, através de dinâmicas, palestras e filmes.
· Para os alunos serão realizados atendimentos individuais se solicitados, encaminhamentos para profissionais da área quando houver necessidade e trabalho em grupo quinzenalmente com duração de trinta minutos em cada encontro através de dinâmicas, jogos, atividades lúdicas, vivências, relaxamento, trabalhos em grupos, filmes, livros e músicas.
· Para as escolas serão programadas palestras com dinâmicas, filmes informativos e interativos, envolvendo os professores e a equipe multiprofissional a cada semestre com atividades criativas, treinamento no que se refere às ações com as famílias.
· Para a equipe do núcleo grupos reflexivos, estudos de caso voltado para as necessidades emergenciais e realização de diagnósticos institucional, através de dinâmicas, relaxamento, vivências, trabalhos em grupos, mensagens (cartazes, textos, recados etc.), atividades lúdicas, filmes, músicas, histórias.

DESENVOLVIMENTO

No dealbar do terceiro milênio, onde os prenúncios de uma nova era se fazem sentir por toda parte, a educação assume caráter da mais alta importância como mola propulsora de todo progresso humano. Não nos referimos à educação apenas no seu aspecto intelectual, mas à educação que compreende o homem no seu sentido integral, à educação que atinge o sentimento, que eleva, aprimora e auxilia o desenvolvimento das potencialidades.
Receber o aluno, auxiliar a sua preparação para lidar com o mundo, despertando qualidades superiores, preparando o ambiente para que este se torne propício ao desenvolvimento das potencialidades dos alunos com Altas Habilidades/Superdotação, é trabalho de grande importância das instituições de ensino, assim como da família.
Não podemos mais aceitar os preconceitos e os mitos que ainda teimam em permanecer por toda parte, auxiliar na desmistificação e na maneira de lidar com esses alunos, é proposta deste projeto. Buscaremos ir além de instruir, a idéia é auxiliar na construção do ser integral, trabalhando com as estruturas íntimas, que os alunos possuem, levando-os a transformarem gradual, mas integral e harmoniosamente as faculdades que lhes são inerentes no sentido de oferecer um modelo de educação que transforma, regenera, equilibra e conduz ao desenvolvimento integral das potencialidades.
Ao voltarmos o olhar no aspecto histórico da educação numa visão geral desde a idade média, dos principais pensadores e educadores, perceberemos a imensa contribuição e o respaldo às propostas contidas neste projeto.
Rousseau foi o marco inicial de uma reforma na educação no ocidente, denunciando uma falsa “educação” praticada na época, propondo, uma nova educação, baseada no desenvolvimento natural da criança, antevendo o surgimento da psicologia infantil.
Pestalozzi, em sua visão avançada, percebe que o ser possui em germe um grande potencial interior, definindo educação como o “desenvolvimento harmonioso e progressivo de todas as faculdades do ser”. Define três estados ou etapas morais do homem, demonstrando a evolução do estado primitivo ao estado social e, deste, ao estado moral.
De Herbart e Froebel ao movimento da escola nova, muitas luzes brilharam procurando destacar a importância da atividade no processo de aprendizagem, que passa a ser vista como uma conquista que requer atividade e energia do educando.
Lamarck e Darwin com a teoria da evolução, demonstraram a continuidade evolutiva entre os animais e o homem, abrindo caminho aos princípios evolucionistas que nos auxiliará a compreender os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Decroly em sua fabulosa escola da Ermida (l’Ermitage) procura preparar a criança para a vida, levando-a a observar, diariamente, os fenômenos da natureza e as manifestações de todos os seres vivos, em trabalho espontâneo e criador. Foi o criador de um método globalizante, ou “centro de interesses”, criando um laço entre as disciplinas normais da escola, fazendo-as convergir ou divergir para um mesmo centro, tendo-se em conta o interesse da criança, que segundo ele é a alavanca de tudo.
Dewey destaca a educação como permanente organização ou reconstrução da experiência, sendo, portanto, um processo ativo, onde o aluno deve ter uma meta a atingir. Baseado em suas idéias, Kilpatrich criou o “Método de Projetos”, onde o aluno, impulsionado pelos próprios ideais, buscará atingir a sua meta, integrando ou globalizando o ensino.
Rudolf Steiner, criador da Pedagogia Waldorf, destaca a importância de se trabalhar a vida sentimental da criança, apelando para as sua fantasia criadora, aumentando essas forças com imagens que as fecundem e elevem. A criança não pode pensar nem aprender sem que esteja engajada emocionalmente.
Claparède, ao criar o Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, trabalhando na Psicologia e na Pedagogia abrindo caminho para as pesquisas de Piaget ao destacar que a escola deve ser ativa, antes um laboratório do que um auditório, procurando estimular ao máximo a atividade da criança. A escola é um meio alegre, onde a criança passa a amar o trabalho. O professor passa a ser o estimulador de interesses, despertador de necessidades intelectuais e morais, não se limitando a transferir seus conhecimentos aos alunos, mas ajudando-os a adquiri-los por si mesmo, através do trabalho, pesquisas e ação.
Freinet, na pequena aldeia de Bar-sur-Loup, na França, promoveu uma escola ativa e cheia de vida, introduzindo a aula-passeio, o jornal escolar, a imprensa na escola, o texto livre, onde as crianças escolhiam, por votação, o que ia ser impresso e elas mesmas faziam a correção. A correspondência interescolar alarga o universo infantil, motivando o relacionamento humano, e a Cooperativa de Ensino Leigo, criado por Freinet. Seus colaboradores forneceriam material pedagógico e publicações para milhares de associados em diversas partes do mundo.
Jean Piaget, em uma vida toda dedicada ao estudo da criança demonstra através de um trabalho sério e profundo que todo conhecimento é construído através de um processo contínuo de adaptação, transformando nossas estruturas anteriores em estruturas mais aperfeiçoadas. Demonstra ainda a existência da moral heterônoma e da moral autônoma, afirmando a necessidade do respeito mútuo, do afeto e da cooperação para que o educando possa chegar à autonomia moral.
Vygotsky, trabalhando a teoria da zona de desenvolvimento proximal, demonstra a importância da integração social e do trabalho cooperativo entre as crianças.
Wallon apresenta uma atrativa proposta de psicologia integradora, com ênfase nos processos emocionais e afetivos. Propondo uma teoria da emoção junto ao funcionamento da inteligência, afirma que a infância é a fase emocional por excelência.
Dos reflexos condicionados de Pavlov, do Behaviorismo de Watson, que destacam o condicionamento do comportamento através de estímulo e resposta, à psicologia da Gestalt, com Max Wertheimer, Kohler e Koffka, que afirmam que a percepção depende também das circunstâncias psicológicas do indivíduo, ou seja, a percepção é o resultado da interação entre o indivíduo receptor e o ambiente emissor e, portanto, duas pessoas submetidas aos estímulos de um mesmo ambiente físico, podem adotar comportamentos totalmente diversos. Destacando que a aprendizagem é o desenvolvimento de insights (discernimento, compreensão, penetração do entendimento de um assunto), afirmam que o insight é uma conquista de quem aprende e não pode ser simplesmente transferida de uma pessoa para outra, mas o professor pode auxiliar o aluno a desenvolver o seu insight.
Rogers contrapondo-se firmemente a Skinner, afirma que a ciência do comportamento deve libertar e não controlar, destacando a importância da vontade e propondo uma educação de natureza dinâmica, onde os indivíduos devem ser estimulados para que desenvolvam as suas próprias potencialidades, num clima de liberdade, auto-realização e consciência social.
Goleman introduz a teoria do quoeficiente emocional (QE) como bastante independente do quoeficiente intelectual (QI) e que para a adaptação às extraordinárias mudanças que segundo ele ocorreriam nas próximas décadas dependeriam do QE aprimorado reconhecendo a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. Definindo a inteligência emocional a partir de cinco domínios principais: 1. Auto-conhecimento emocional – Auto consciência: conhecimento que o ser humano tem de si próprio, de seus sentimentos ou intuição. 2. Controle emocional – Capacidade de gerir os sentimentos. 3. Auto motivação – Ter vontade de realizar, otimismo: Pôr as emoções ao serviço de uma meta. 4. Reconhecer emoções nos outros – Empatia: saber se colocar no lugar do outro, percebendo o outro. 5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais – Aptidão social: a capacidade que a pessoa deve ter para lidar com as emoções do grupo.
Howard Gardner questionou a tradicional visão da inteligência que enfatiza as habilidades lingüísticas e lógico-matemática declarando que as competências cognitivas humanas podem ser bem descritas através de um conjunto de oito (ou até mesmo mais) inteligências, também chamadas habilidades, talentos ou capacidades mentais universais, a saber: lingüística, lógico-matemática, musical, espacial, corpo-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e naturalista.
Para Silverman (1993), a implementação de técnicas de aconselhamento psicológico, bem como de estratégias de intervenção junto ao aluno, ao professor, a família e a comunidade, são algumas das práticas a serem desenvolvidas pelo psicólogo escolar na área de superdotação. Todos esses sistemas de apoio devem ser mobilizados a fim de favorecer o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do superdotado.
Estas teorias vêm de encontro às propostas deste projeto, fornecendo maior compreensão dos conceitos de aprendizagem bem como a relação entre criatividade e inteligência, confirmando a necessidade de que os alunos com Altas Habilidades/Superdotação estejam em um ambiente estimulador e respeitoso, acentuando a urgência em incluir ações voltadas aos aspectos sócio-emocionais vislumbrando um desenvolvimento integral das potencialidades desses alunos, cabendo ao psicólogo elaborar estratégias de intervenção junto a eles, aos professores, familiares e ao núcleo.
Na perspectiva da educação inclusiva, o psicólogo escolar juntamente com os professores e a equipe escolar, deverão implementar alternativas metodológicas e condições de operacionalização dos sistemas integrantes da educação dos superdotados; criar mecanismos que encorajem o aperfeiçoamento profissional dos professores e adotar uma postura investigativa que demande reflexão, flexibilidade e atualização contínua. É função do psicólogo escolar fomentar o paradigma da inclusão, criando programas de orientação que permitam aos alunos compreender suas características e desenvolver seu talento e aos professores reconhecer e saber e lidar com essas características.
A proposta é mobilizar “todos” os sistemas de apoio desses alunos, família, escola e o núcleo, com o intuito de revelar a importância de cada um desses “atores” no desenvolvimento pleno no potencial desses alunos, tanto no aspecto cognitivo como afetivo e social.
A idéia central deste projeto é, através da equipe de psicólogas, contribuir para a construção de um processo sóciopsicoeducacional dentro do NAAH/S, que seja capaz de socializar o conhecimento historicamente acumulado e propiciar intervenções que ofereçam um programa educacional desafiador, combinando desenvolvimento social e acadêmico. Através de ações voltadas ás famílias, alunos, escolas e aos profissionais do Núcleo.

METODOLOGIA

A participação do psicólogo nesse processo se dará, a partir da observação do ambiente em que esses alunos estão inseridos de forma a propiciar intervenções que identifique situações que estejam influenciando negativamente no desempenho desses alunos, desenvolvendo estratégias educacionais que visem atender as necessidades dos mesmos, contribuindo com o treinamento de professores e demais profissionais que atuam na escola, através de cursos e palestras regulares.
Para que o desenvolvimento de potencialidades e talentos ocorra, é necessário criar um ambiente receptivo e responsivo ás necessidades sociais e emocionais de indivíduos superdotados, de modo que ele se sinta valorizado, respeitado e querido por colegas, familiares e profissionais que atuam junto ao programa. Para isso o psicólogo deve atuar na instituição visando um bom clima organizacional e qualidade de vida para os profissionais que estarão à frente deste trabalho.
Com os profissionais do núcleo serão trabalhadas as relações interpessoais e intrapessoais, autoconhecimento, motivação, autoestima, comunicação, identidade, habilidade de autogestão. Resgate do GEN (grupo de estudo do NAAH/S) com reuniões mensais objetivando socializar conhecimentos, trabalhar a integração da equipe, promover produção de conhecimentos.
Compete ao psicólogo educacional é ajudar o aluno com alto potencial a desenvolver habilidades e estratégias para lidar com dificuldades que porventura ele esteja enfrentando no contexto educacional. Oferecer oportunidades de se encontrarem e realizarem atividades conjuntamente, pode se constituir em uma estratégia favorável ao desenvolvimento de um autoconceito positivo, uma vez que eles se sentiriam mais confortáveis, aceitos e socialmente ajustados. Trabalharemos também com o aluno autoconhecimento, autoestima, identidade (como estou, sou, me vejo), comunicação, aceitação, habilidades sociais.
O psicólogo pode constituir uma fonte de ajuda aos pais, informando-os sobre as características e necessidades de seus filhos, fornecendo-lhes bibliografia sobre o tema superdotação, orientando-os a lidar com o sistema educacional, sugerindo-lhes estratégias de como estimular seu filho no contexto familiar e conduzindo reuniões de pais (dinâmicas de grupo), onde esses tenham oportunidades de compartilhar dificuldades e sucessos e encontrar soluções para os problemas referentes à educação e desenvolvimento de seus filhos superdotados enfatizando a importância da participação da família nas conquistas, atividades e interesses dos filhos, aceitação, informação, orientação de altas habilidades (aspectos afetivos, sociais e cognitivos), limite, e fases do desenvolvimento. Estaremos atentos ao tipo de interação estabelecido entre escola e família, uma vez que essa interação pode afetar o ajustamento do aluno à vida escolar.

CONCLUSÃO

A proposta ora apresentada vem esclarecer a Importância da atuação do profissional psicólogo nas diversas áreas de atuação do profissional psicólogo nas diversas áreas de atuação do NAAH/S, na construção de um ambiente de trabalho harmonioso e respeitoso, tanto em relação à equipe como em relação aos alunos, estendendo às escolas e familiares buscando contribuir de alguma forma, com o direcionamento do ensino aos alunos com Altas Habilidades/Superdotação, oportunizando o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, numa perspectiva tal que os educandos tenham seus talentos bem dirigidos, seus juízos retos e bem exercitados, em função da educação e da instrução que recebem no sistema educacional e no seio familiar.


REFERÊNCIAS


FLEITH, Denise S. e ALENCAR, Eunice M. L. S. Superdotados: Determinantes, Educação e Ajustamento. E.P.U. Editora Pedagógica Universitária LTDA, São Paulo, 2001.

GOLEMAN, D. A Inteligência Emocional. Lisboa: Editora Temas e Debates, Ltda. 1998.

DANTAS, E.; OLIVEIRA M. K.; LA TAILLE, Y. Piaget, Vigotsky, Wallon - Teorias Psicogenéticas em Discussão. São Paulo: SUMMUS, 1992.


LOPES, L. Pestalozzi e a Educação Contemporânea. Rio de Janeiro: Associação Fluminense de Educação, 1981.


PIAGET, J. Psicologia da Inteligência. Rio de Janeiro: Zahar, 1958.


VIGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.


VIRGOLIM, Ângela M. R. Altas Habilidades/Superdotação: Encorajando Potenciais. MEC, Brasília/DF, 2007.


VIRGOLIM, Ângela M. R. Programa de Apóio a Pesquisa em Educação Especial- Proesp/Casp 2005. Programa de Incentivo ao Potencial Criativo de Alunos Superdotados. (pp. 174-205). UNB, Brasília/DF. Citações em Documento: ALENCAR, E. M. L. S., & VIRGOLIM, A. M. R.. Dificuldades emocionais e sociais do superdotado. Criatividades e educação dos superdotados. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. Brasil: R. T. Bertrand, 1995

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA/ALUNO/ ESCOLA /NAAH/S

Eliane Maria Stival1


Como estamos vivenciando atualmente políticas públicas inclusivas, de práticas diagnósticas ressignificadas e de legislações educacionais voltadas para a diversidade humana, é preciso ressaltar a importância da contribuição da família para o desenvolvimento de seus filhos que apresentam altas habilidades/ superdotação (AH/SD) em consonância com a escola e Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). Faz-se necessário destacarmos, o papel da escola como uma instituição especializada em práticas pedagógicas, responsável em favorecer o acesso dos alunos ao conhecimento acadêmico e oferecer-lhes valores morais, sociais e culturais. A família dos alunos com AH/SD espera que esta instituição transcenda à realidade social e cultural a fim de oferecer um processo educativo que supere o ensino regular. Seguindo essa perspectiva, destacaremos o papel do NAAH/S nesse contexto, subsidiando recursos à família, ao professor e ao aluno.
Existem crianças que apresentam altas habilidades e que sobressaem espontaneamente, surpreendendo os próprios pais. Nestes casos, não são competências treinadas, mas manifestações de um saber-fazer, encontrados no dia a dia em ações corriqueiras. No entanto, consideramos que não é suficiente às crianças apresentarem espontaneamente talentos e capacidades precoces ou que exibam notável potencialidade nas diversas áreas do aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver ou do aprender a ser, se a família não estiver atenta para o importante papel que ela exerce sobre o desenvolvimento dos seus filhos.
Guenther (2000) afirma que o ambiente motivador para estudos no seio da família é essencial para o desenvolvimento do talento independente do nível sócio-econômico e/ou cultural dos pais. A estimulação dos pais no desenvolvimento dos talentos dos filhos favorece-lhes a escolha profissional no futuro. A autora acrescenta que educar é tarefa que exige envolvimento e compromisso.
Segundo Freeman (2000. apud Delou, p.59, 2007), bons pais e mães podem incrementar o potencial de seus filhos e filhas:

a) interagindo com eles desde o nascimento;
b) provendo um ambiente de segurança para o crescimento da criança;
c) oferecendo oportunidades para a aprendizagem;
d) favorecendo a vivência de uma série de experiência que aumentem a motivação das crianças;
e) fornecendo materiais pedagógicos e instrução de alto nível e produção criativa, incluindo boas relações com a escola;
f) oferecendo liberdade emocional e materiais para jogar e experimentar;
g) estimulando o pensamento criativo das crianças;
h) adquirindo habilidades pedagógicas para desenvolver os potenciais gerais e específicos das crianças, começando pelo próprio idioma da criança e pela cultura familiar e
i)procurando desenvolver sensibilidade para os talentos de crianças muito pequenas.

No entanto, acreditamos que, não podemos deixar de considerar que, o desenvolvimento humano é complexo e devido a isso, a ciência não consegue responder a todos os questionamentos. Assim, as diferenças apresentadas nos aspectos intelectual, emocional, cultural e espiritual, interferem direta ou indiretamente na interação dos pais com filhos, de forma efetiva.
Ao procurar a escola, a família intenciona encontrar condições adequadas ao atendimento das AH/SD de seu filho, esperando que a mesma possa ter condições de adequar suas práticas pedagógicas em concepções de igualdade de desempenho, em lugares de aprendizagem significativa, de prazer e alegria. Nesse sentido, o NAAH/S oferece em sua estrutura de funcionamento, cursos de capacitação para os professores, instruindo-os quanto às necessidades peculiares desse grupo de alunos, sugerindo-lhes práticas pedagógicas que correspondam às expectativas curriculares aos mesmos. Os profissionais da Equipe de Articulação acompanham às instituições desde a indicação dos alunos que poderão ser efetivados ou não. Após a efetivação do aluno, a equipe dialoga com a instituição no sentido de garantir a qualidade no atendimento desse aluno, no Projeto Político da Escola, juntamente com a família.
Com relação às famílias, o NAAH/S possui uma Unidade de Apoio à Família que visa prestar informação, orientação e suporte a mesma. Acontecem reuniões periódicas com o objetivo de contribuir no processo de aquisição de conhecimentos sobre AH/SD a fim de que haja uma melhor compreensão do comportamento do filho e ainda promover trocas de experiências.
Após descrevermos o trabalho desenvolvido no NAAH/S, acreditamos que aos poucos os envolvidos na educação dos sujeitos identificados com AH/SD, estarão mais conscientes acerca da importância da mediação social para o desenvolvimento desse talento humano. Portanto propomos ação conjunta com as instituições: escola, família e comunidade.


Referências Bibliográficas:

FREEMAN,J. ;GUENTHER, Z. C. Educando os mais capazes. SP: EPU, 2000

GUENTHER, Z. C. Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000.

WINNER, E. Crianças Superdotadas: mitos e realidades. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1998.

1Especialista em Arteterapia na Educação Especial UFG. Graduada em Arte pela UFG. Professora Formadora que contribui no processo avaliativo das produções dos alunos que apresentam indícios de talento produtivo criativo em artes visuais, no NAAH/S do Estado de Goiás. Atua no Conselho Municipal de Educação de Goiânia na Divisão de Inspeção Escolar/Setor de Análise e Orientação.

terça-feira, 2 de março de 2010

PARTICIPAÇÃO DO NAAH/S-GO NO I CONGRESSO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA



O NAAH/S – Núcleo de Atividades de Altas Habilidades / Superdotação de Goiás, participou do I CONGRESSO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA, nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro de 2010, no Centro de Convenções de Goiânia, onde realizou a Oficina - IDENTIFICAR, ESTIMULAR E POTENCIALIZAR ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO, envolvendo as temáticas: Processo de Identificação do Aluno com Altas Habilidades / Superdotação; Estratégias Criativas para Potencializar o Talento e Práticas Escolares para Atendimento de Alunos com Altas Habilidades / Superdotação.
O trabalho foi desenvolvido pelos oficineiros: Ariovaldo Simões da Silva, Daniela Coelho Gondim, Edna Maria Medeiros Gonçalves Freitas, Flávia Michele Colacite, Maria Cristina de Alcântara Pires, Maristela Barcelos Costa, Rosymari de Souza Oliveira, Suraia Oliveira Veloso Carneiro. Foram capacitados 150 professores da Rede Estadual de Educação, bem como os profissionais da REAI (Rede de Apoio à Inclusão). Além das oficinas, tambêm foi disponibilizado pela COEE um Stand, onde foi divulgado o trabalho do Núcleo pela equipe do NAAHS/S – foi atendido um público de aproximadamente 1.500 pessoas.
O evento teve como objetivo comemorar 10 anos de educação inclusiva neste estado e o Núcleo o objetivo de disseminar a área de Altas Habilidades / Superdotação e o aprofundamento do conhecimento sobre esse tema à sociedade goiana.
Disponibilizamos neste blog o conteúdo trabalhado e as imagens de registro deste momento.

1ª Parte da Oficina: PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO
Processo de Identificação do Educando com Altas Habilidades/Superdotação
Fevereiro – 2010
Apresentação
Inserido no contexto da educação especial inclusiva, o NAAH/S é um projeto implantado pela Secretaria de Educação Especial do MEC, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação de Goiás, desenvolvido por meio da Coordenação de Ensino Especial.
Trata-se de um local especializado em formação de professores e demais profissionais que atuam no atendimento às necessidades educacionais especiais; promoção do desenvolvimento das habilidades dos alunos e suporte psicológico e emocional à família, com vistas à compreensão do comportamento do educando com altas habilidades / superdotação

Objetivo
Promover a identificação, o atendimento e o desenvolvimento dos alunos com altas habilidades/superdotação das escolas públicas de educação básica , possibilitando sua inserção efetiva no ensino regular e disseminando conhecimentos sobre o tema nos sistemas educacionais, nas comunidades escolares, nas famílias em todo o Estado.
Composição
• Unidade de Atendimento ao Aluno;
• Unidade de Atendimento ao Professor;
• Unidade de Apoio à Família.

Amparo Legal
O atendimento ao aluno com altas habilidades está fundamentado e amparado pelos seguintes documentos:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 9394/96) – Arts Nº 58 a 60 – 20/12/96
• Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares – Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais – 1998
• Plano Nacional de Educação – (Lei 10172/01) – 09/01/01
• Parecer Nº 17/01 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica – 03/07/01
• Resolução Nº 2 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica – 11/09/01 – Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica do Ministério da Educação – 2002
Altas Habilidades /Superdotação
A definição brasileira apresentada na Política Nacional de Educação Especial (1994),define como portador de altas habilidades e superdotação os educandos que apresentam notável desempenho e/ou elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos,isolados ou combinados:
• capacidade intelectual geral;
• aptidão acadêmica específica;
• pensamento criativo ou produtivo;
• capacidade de liderança;
• talento especial para as artes;
• capacidade psicomotora.

Superdotado/talentoso/portador de altas habilidades é aquele indivíduo que, quando comparado à população geral, apresenta uma habilidade significativamente superior em alguma área do conhecimento, podendo se destacar em uma ou várias áreas:(conceituação adotada pelo MEC)
• Intelectual: flexibilidade, independência, fluência de pensamento, julgamento crítico e habilidade para resolver problemas;
• Social: capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, socialidade expressiva, poder de persuasão e influência no grupo;
• Acadêmico: capacidade de atenção, concentração, memória, interesse e motivação pelas tarefas acadêmicas e capacidade de produção;
• Criativo: capacidade de encontrar soluções diferentes e inovadoras, facilidade de auto expressão, fluência, originalidade e flexibilidade;
• Psicomotricinestésico: habilidade e interesse por atividades físicas e psicomotoras, agilidade, força e resistência, controle e coordenação motoras;
• Talentos Especiais: artes plásticas, musicais, literárias e dramáticas revelando capacidade especial e alto desempenho em tais atividades.
Características do aluno superdotado
No Brasil, o artigo 5º, inciso III, da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Brasil, 2001), e nos PCN (Brasil, 2004). define educandos com altas habilidades/superdotação facilidade de aprendizagem, levando-os a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Superdotação – Renzulli(1997)
Renzulli propõe uma definição de superdotação denominada concepção dos 3 anéis, que afirma ser a superdotação o resultado da interação de 3 fatores:1- Habilidade acima da média envolvendo 2 dimensões: -habilidades gerais -habilidades específicas2- Motivação ou envolvimento com a tarefa, refere-se a uma forma refinada e direcionada de motivação.3- Criatividade,envolvendo aspectos que geralmente aparecem juntos na literatura
Algumas dificuldades na definição de superdotação
• Não há concordância entre diferentes autores;
• Superdotação é algo relativo, e não absoluto;
• Superdotação não é um traço unitário, como altura;
• As características que contribuem para um desempenho excepcional em uma área não são idênticas àquelas que contribuem para um desempenho excepcional em outra.
Características Gerais
• Assincronismo;
• Busca de soluções próprias para os problemas;
• Concentração prolongada numa atividade de interesse;
• Sensibilidade aos problemas sociais e aos sentimentos dos outros;
• Gosto pelo desafio;
• Leitura onívora;
• Liderança;
• Precocidade motora e/ou verbal e/ou na leitura e/ou escrita;
• Senso de humor desenvolvido;
• Tendência a associar-se a pessoas mais velhas;
• Vocabulário avançado para sua idade cronológica.
Nem todos os alunos com altas Habilidades apresentam as mesmas características e habilidades, nem todos tem o mesmo potencial e nem o materializam plenamente. Cada um tem um perfil próprio e uma trajetória singular de realizações, mas todos necessitam de cuidados especiais.
Processo de Identificação
A identificação e a avaliação do aluno com altas habilidades/superdotação têm se constituído um desafio para educadores e psicólogos.
O processo de identificação deve ter como base referenciais teóricos consistentes e resultados de pesquisas sobre o tema.
Há muitas estratégias para se identificar o aluno com altas habilidades / superdotação.
A atitude mais recomendável entre os especialistas é a inclusão de múltiplas formas de avaliação, buscando dados sobre os talentos e capacidades de alunos tanto em testes formais quanto em procedimentos informais e de observação.
O processo de identificação das potencialidades na área acadêmica e talento do aluno com altas habilidades/superdotação se inicia com a observação do professor na sala de aula regular. Essas observações são registradas e encaminhadas para o Núcleo através do Questionário Avaliativo do Professor e do Histórico Escolar.
É importante considerar que a identificação deve ser vista como um processo contínuo e com objetivo de oferecer atendimento especializado e não apenas para rotular esse aluno.

Atividades Propostas
As atividades propostas, visam uma correlação entre a observação da pedagoga e da psicóloga, com o objetivo de subsidiar de forma teórica e prática, o atendimento especializado as necessidades educacionais especiais de aprendizagem do aluno, oferece-lhe condições para seu pleno desenvolvimento.(Freitas, Barbosa e Pires - 2008).

Observação – Biopsicossocial
A Observação é realizada de forma sistemática dos indicadores, das história de vida, das manifestações dos potenciais, dos interesses, das etapas de desenvolvimento, desempenho acadêmico, de testes psicométricos, considerando a intensidade, a frequência e a consistência em que ocorrem os comportamentos – valorizando-se os aspectos qualitativos em detrimentos dos quantitativos.(Gunther, 2000).

Ingresso na Fase de Observação

Processo Seletivo:
1º Passo
· 1ª Triagem
· Questionário/Histórico: avaliação pela equipe multiprofissional
2º Passo
· Os pais dos alunos selecionados na primeira triagem são convocados para a realização de uma entrevista (Anamnese).
3º Passo
· 2ªTriagem
· Questionário/Histórico e a entrevista com os pais. Avaliação pela equipe multiprofissional.
4ºPasso
· Assinatura do Termo de Adesão pelos pais ou responsáveis.
Duração
Acontecem em encontros semanais consecutivos de no mínimo 04 e no máximo 16 atendimentos com 2 horas de duração.
Mínimo de 75% de presença.
No final o aluno apresentará um trabalho na sua área de interesse e de acordo com o seu estilo de aprendizagem (produto final).

Avaliação Psicopedagógica - Instrumentos de Avaliação:
-Lista de indicadores de superdotação (Delou, 1987)
n Escala de Características Comportamentais de Alunos com Habilidades Superiores – revisada (Renzulli & cols, 2000);
-Indicação por parte de colegas de turma (Feldhusen, 1998; Renzulli & Reis, 1997);
-Auto-indicação (Davis & Rimm, 1994);
-Escala de Características para Pais (Renzulli & Reis, 1997);
-Outras fontes (jogos, exercícios de criatividade e autoconceito);
-Aplicação de testes psicométricos (RAVEN, WISC III);
-Atividades do livro TOC,TOC...PLIM,PLIM! (Virgolim, Fleith & Neves Pereira, 1999);
-Estudo de caso (profissionais envolvidos);

Finalização do Período de Observação
-Relatórios/ Ficha Síntese;
-Devolutiva para os pais e alunos;
-Indicação do aluno para fazer parte do “Pool de Talentos” do NAAH/S;
-Encaminhamento para entidades parceiras;
-Devolutiva para Escola através da Equipe Articuladora;
-Devolutiva para Equipe de Desenvolvimento de Projetos.

“ Bom ensino não é benéfico
apenas aos superdotados.
Estratégias e atividades
que estimulem o alto nível
de pensamento e apresentem maiores desafios, proporcionarão
melhor educação a todos
os estudantes.”
Maria Lúcia Sabatella

Equipe de Observação:
Edna Mª Medeiros G. Freitas – Pedagoga
Flávia Michele Colacite – Psicóloga
Suraia Oliveira Veloso Carneiro- Psicóloga


2ª Parte da Oficina: ESTRATÉGIAS CRIATIVAS PARA PONTENCIALIZAR O TALENTO
Neste momento foi trabalhado o “modelo de Enriquecimento Curricular” proposto pelo educador Joseph Renzulli, que tem como objetivo potencializar os talentos dos alunos que apresentam altas habilidades / superdotação.

Enriquecimento Curricular:
Atividades Tipo I – Gerais de Exploração
Atividades Tipo II – Treinamento
Atividades Tipo III – Investigação de Problemas Reais.

A Hora da Novidade:
Atividade realizada regularmente para promover o desenvolvimento da fala e a postura diante do público.

Dinâmicas e Entretenimentos:
Momentos destinados à interação do grupo, bem como o estímulo do bom humor, disposição e reflexão acerca de determinados fatos.

Oficinas:
“Momentos de desafio e Potencialinguagens.”
Nestas oficinas trabalham-se atividades que desenvolvem a articulação lingüística, o raciocínio lógico e o pensamento crítico.

Equipe do NAAH/S-GO que atua na Fase de Desenvolvimento de Projetos:
Coordenadora: Waléria Freitas Oliveira Prado
Professores / Tutores: Ariovaldo Simões Silva, Maria Cristina Alcântara Pires e
Tereza Cristina de Aquino

3ª Parte da Oficina: PRÁTICAS ESCOLARES PARA ATENDIMENTO DE ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO.

A equipe de formação ministrou uma oficina voltada para o atendimento de alunos com Altas Habilidades no ensino regular. Quatro atividades foram desenvolvidas duas delas objetivando o diagnóstico das áreas de interesse dos alunos e as demais foram propostas de enriquecimento curricular. Os cursistas trabalharam com afinco demonstrando o potencial criativo dos professores do estado de Goiás.

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